O aterramento tem como função proteger os equipamentos elétricos, usuários e também garantir o bom funcionamento do circuito. Existem tipos de aterramento distintos, sendo alguns deles com variações. Aqui você irá aprender quais são esses tipos de aterramento, quando são usados e suas aplicações. Vamos lá pessoal!
Todos os sistemas de aterramento devem seguir a norma NBR – 5410, o não cumprimento dos itens contidos na norma pode colocar em risco os usuários e equipamentos além de poder ocorrer o mau funcionamento do circuito.
Simbologia:
Primeira letra – situação da alimentação em relação à terra.
T- Um ponto diretamente enterrado;
I- Isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento através de uma impedância.
Segunda letra: situação das massas da instalação em relação à terra.
T- Massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto de alimentação;
N- Massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado o que em corrente alternada o ponto normalmente aterrado é o ponto neutro.
Outras letras: Disposição do condutor neutro e do condutor de proteção.
S- Função de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos.
C- Função de neutro e de proteção combinadas em um único condutor.
Esquemas de aterramento
Esquema TN:
Possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse
ponto através de condutores de proteção. Este esquema possui três variantes de acordo com a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, que são:
Esquema TN-S:
O condutor neutro e o condutor de proteção são distintos, sendo o neutro aterrado logo na entrada e levado até a carga, em paralelo um outro condutor PE é utilizado como terra e é conectado à carcaça dos equipamentos.
Esquema TN-C:
As funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor em toda a instalação, dessa forma este esquema mesmo sendo normalizado não é indicado em certas instalações, uma vez que o terra e o neutro são constituídos pelo mesmo condutor.
Esquema TN-C-S
A função do condutor neutro e de proteção são combinadas em um único condutor e em uma parte da instalação.
Esquema TT:
Este esquema possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a um eletrodo de aterramento eletricamente distinto do eletrodo de aterramento da fonte, ou seja, os equipamentos são aterrados com uma haste própria, diferente da usada para o neutro.
No caso da corrente de falta, o percurso da corrente fase massa inclui o terra, que limita o valor da corrente devido ao alto valor da resistência de terra, é importante lembrar que essa corrente não é suficiente para o seccionamento dos dispositivos de proteção, mas é uma corrente perigosa para os usuários.
Esquema IT:
Este esquema é parecido com o TT, porém o aterramento da fonte é realizado através de uma impedância com um valor elevado. Com isso limita-se a corrente de modo a não permitir que a primeira falta desligue o sistema. As massas da instalação são aterradas com as seguintes possibilidades:
Massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente
Massas aterradas em eletrodo de aterramento próprio, seja porque não há eletrodo de aterramento da alimentação, outra possibilidade é porque o eletrodo de aterramento das massas é independente do eletrodo de aterramento da alimentação.
Muitas instalações residenciais no Brasil não possuem um sistema adequado de aterramento, mesmo sendo obrigatório de acordo com as normas de instalações elétricas, é importante que você saiba a importância de ter um esquema de aterramento nas instalações.
Portanto contrate um profissional da área, para que possa escolher e executar o esquema adequado, pois é necessário um projeto construído e embasado em dados recolhidos e parâmetros tabelados, além de levar em consideração a resistividade do solo.
Fonte e credibilidade: https://www.mundodaeletrica.com.br/aterramento-eletrico-tipos-e-usos/