O bom sistema precisa garantir a evacuação das áreas em risco e clarear os ambientes na passagem horizontal e vertical
“O sistema de iluminação de emergência deve clarear os ambientes de passagem horizontal e vertical com iluminação suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação das áreas de risco, cumprindo o objetivo de proteger a vida das pessoas e facilitar a ação dos bombeiros. Outra função desse sistema é permitir o controle visual das áreas abandonadas para localização e remoção de feridos; iluminar o ambiente visando a segurança patrimonial; e sinalizar inconfundivelmente as rotas de fuga utilizáveis para abandono do local”, define o arquiteto Rubens Amaral, secretário do Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio – CB-24, acrescentando que a iluminação de emergência deve ser aprovada pelo Corpo de Bombeiros, após vistoria, e estar presente em toda edificação.
ILUMINAÇÃO DE ACLARAMENTO X ILUMINAÇÃO DE BALIZAMENTO
O projeto deve prever dois tipos de iluminação: de aclaramento, que tem a função de distribuir a luminosidade mínima de três lux piso em locais livres de obstáculos, e cinco lux piso em ambientes com obstáculos e escadaria; e a iluminação de balizamento, que deve orientar a rota de fuga
Um projeto bem conceituado é o primeiro passo na elaboração do sistema. Os parâmetros necessários para o desenvolvimento do projeto, assim como as diretrizes básicas para instalação dos equipamentos especificados, estão detalhados na norma ABNT NBR 10.898:2013 – Sistema de iluminação de emergência. “O projeto deve prever dois tipos de iluminação: de aclaramento, que tem a função de distribuir a luminosidade mínima de três lux piso em locais livres de obstáculos, e cinco lux piso em ambientes com obstáculos e escadaria; e a iluminação de balizamento, que deve orientar a rota de fuga”, explica o arquiteto.
Ele diz que no projeto são definidos os pontos onde serão instaladas as luminárias de aclaramento e as de balizamento. “Para distribuição dos pontos de balizamento, é preciso observar as mudanças de direção, a distância máxima de 15 metros entre equipamentos, e a altura da instalação. Já os pontos para as fontes luminosas de aclaramento devem estar em ambientes amplos e corredores. Esse cálculo leva em consideração a altura de instalação de um ponto de luz a outro, sendo que a distância máxima deve ser de quatro vezes a altura. Por exemplo, se um ponto está instalado a três metros de altura, o próximo deverá ser instalado a 12 metros de distância”, ressalta o profissional esclarecendo que, em ambientes menores, tais como área de primeiro socorros, CPD, vestiários, entre outros, é necessário pelo menos um ponto de aclaramento.
Outra questão que também deve estar prevista em projeto é a boa qualidade dos equipamentos. “O sistema de iluminação de emergência pode ser composto por blocos ou ainda por módulos autônomos, atualmente mais utilizados pela fácil instalação, contendo lâmpadas fluorescentes, dicroicas ou LEDs. Há também as centrais de iluminação de emergência e luminárias compostas pelos mesmos tipos de lâmpadas e com tensão máxima de 30 volts – nesse caso, existe a necessidade de distribuir os circuitos em eletrodutos galvanizados, independentes daqueles utilizados na iluminação convencional e, também, de compor as luminárias para balizamento e rota de fuga”, explana Amaral, lembrando que a variação da intensidade de iluminação deve respeitar as limitações da visão humana, em referência ao tempo de adaptação dos olhos.
INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO
É importante lembrar que a ABNT NBR 10.898:2013 define claramente as necessidades de cada tipo de sistema. Os blocos autônomos são dispostos nos pontos determinados e alimentados pelo circuito designado como ‘vigia’, com a tensão 110V ou 220V para manter a bateria em carga e flutuação. Na falta da energia local, os blocos autônomos entram em funcionamento iluminando o ambiente. Já no sistema centralizado, a central sente a falta da energia da rede local e alimenta as luminárias com a tensão estipulada não superior a 30V
Depois de concluídas as etapas de projeto e aprovação, o próximo passo é a instalação dos equipamentos. “É importante lembrar que a ABNT NBR 10.898:2013 define claramente as necessidades de cada tipo de sistema. Os blocos autônomos são dispostos nos pontos determinados e alimentados pelo circuito designado como ‘vigia’, com a tensão 110V ou 220V para manter a bateria em carga e flutuação. Na falta da energia local, os blocos autônomos entram em funcionamento iluminando o ambiente. Já no sistema centralizado, a central sente a falta da energia da rede local e alimenta as luminárias com a tensão estipulada não superior a 30V”, fala o arquiteto.
A manutenção dos dois sistemas é indicada pelo fabricante, sendo que geralmente há a necessidade de realizar uma descarga total das baterias e testes regulares periodicamente. “Assim verificam-se as cargas das baterias e se há fonte de luz (lâmpadas ou LEDs) queimadas. É importante observar também que caso seja observado que o tempo de funcionamento é inferior à uma hora, torna-se necessária a substituição ou reparo do equipamento”, alerta.
Para garantir um processo mais eficiente e seguro, Amaral recomenda optar sempre por um profissional qualificado da área de projetos que se preocupe em elaborá-los baseado na norma, especificando produtos de qualidade. Outras questões que devem ser levadas em conta é a contratação de empresas instaladoras que ofereçam garantia de serviço, adquirir produtos confiáveis através de indústrias que disponibilizam equipamentos que atendam as necessidades de projeto e que estejam atentas aos detalhes da norma e certificações recomendadas. “Considerando o desempenho das indústrias fabricantes de LEDs de alta eficiência, temos hoje equipamentos para iluminação de emergência que emitem mais luz, com autonomia maior e fluxo luminoso constante, utilizando baterias de melhor qualidade e menos agressivas ao meio ambiente”, finaliza Amaral.
Fonte e credibilidade: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/iluminacao-de-emergencia-deve-atender-a-nbr-10898_8405_10_0