A sinalização de emergência adequada é extremamente importante, justamente por isso existem normas que abordam justamente esse tema – dando orientações importantes que devem ser seguidas em todos os locais onde essas placas serão instaladas.
Recentemente, houve uma alteração nas normas e a NBR 16820 passou a vigorar. Quer entender as principais alterações e recomendações que ela traz? Siga conosco!
O que é a ABNT NBR 16820?
Desde 2020, a NBR 13434, que abordava a sinalização de emergência, deixou de vigorar e foi substituída pela NBR 16820.
Essa é uma norma nacional que trata sobre sistemas de sinalização de emergência, abordando questões referentes aos projetos, requisitos e outras informações técnicas essenciais.
É importante destacar que os materiais técnicos da ABNT, assim como as normas internacionais (ISO e IEC), são voluntários e não substituem leis, decretos ou regulamentos aos quais todos os usuários devem atender.
Com a entrada em vigor da NBR 16820, ficam canceladas e substituídas as: NBR 13434 -1, de 2004, NBR 13434 – 2, também de 2004 e a NBR 13434 – 3, de 2005.
Quais as principais recomendações da norma?
A norma é bastante extensa e, por isso, resumimos alguns pontos essenciais que você precisa conhecer.
Classificação da sinalização
De acordo com a NBR 16820, a sinalização de emergência é composta por:
Sinalização básica
É constituída por 4 classes, de acordo com a sua função:
- Sinalização de proibição, tem a função de proibir ou coibir ações que possam levar a um incêndio ou ao seu agravamento e ameaça à vida humana;
- Sinalização de alerta, tem a função de alertar para áreas e materiais de risco;
- Sinalização de orientação e salvamento, tem a função de indicar as rotas de saída e ações necessárias para seu acesso;
- Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme, com a função de indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndio e alarmes disponíveis.
Sinalização complementar
É composta por faixas de cor, mensagens escritas, indicação de agente extintor, sistemas de segurança e lotação máxima, rota continuada e plano de fuga e precisa ser aplicada de acordo com as orientações:
- As faixas de cor devem ser usadas para indicar obstáculos e riscos de uso das rotas de fuga;
- As mensagens escritas são usadas para necessidades especiais que não constam nos exemplos da norma;
- A indicação de agente extintor deve expor o tipo de agente extintor e suas aplicações;
- Indicação de lotação máxima é usada para orientação de lotação e dos sistemas de segurança contra incêndio disponíveis na edificação;
- Rota continuada, próxima ou junto a solo, para indicar as rotas de saída e as ações necessárias para acessá-las;
- Plano de fuga, precisa ser instalado em locais estratégicos para orientar, informar e instruir o usuário para os procedimentos adotados em situações de emergência.
Formas de sinalização
Os formatos usados nas placas de sinalização também variam conforme o tipo de sinalização usada:
- Circular: para símbolos de proibição e ações de comando;
- Triangular: para implantar símbolos de alerta;
- Retangular: para símbolos de orientação, socorro, emergência, alarme e bomba de incêndio;
- Quadrada: para símbolos de identificação de equipamentos usados no combate a incêndio.
Cores de sinalização
As cores de sinalização variam entre cores de segurança e cores de contraste.
Cores de segurança
Essas cores devem cobrir no mínimo 50% da área do símbolo, exceto no símbolo de proibição, com valor mínimo de 35%. As cores de segurança são:
- Vermelha: símbolos de proibição, identificação de equipamentos de combate a incêndio e alarme;
- Verde: símbolos de orientação e salvamento;
- Preta: símbolos de alerta e sinais de perigo.
Cores de contraste
São usadas para sinalização de proibição. Ela deve ser branca ou fotoluminescente. Esse último é destinado para sinalizações, orientações e salvamento e de equipamentos de combate a incêndio e alarme. Na sinalização de alerta, a cor de contraste deve ter fundo fotoluminescente e cor amarela.
Níveis de instalação
A ABNT NBR 16820 traz diferentes níveis de instalação. São eles:
- Nível superior: devem ser instaladas a uma altura de 1,80m do piso acabado até a base da sinalização;
- Nível intermediário: as placas devem ser instaladas a uma altura de 1,20m a 1,60m do piso acabado até a base da sinalização, ou imediatamente acima do equipamento;
- Nível inferior: a instalação deve ser feita na faixa de altura de 0,25m a 0,50m do piso acabado até a base da sinalização.
Requisitos das placas de sinalização
As placas usadas para fazer a sinalização de emergência devem seguir os requisitos dispostos na norma, tanto a sinalização básica como a complementar. Assim, as placas devem ser:
- Resistentes à chamas (com extensão queimada ou parte danificada igual ou inferior a 60 mm de comprimento na amostra ensaiada);
- Resistentes à limpeza;
- Resistentes à névoa salina (após ser submetido à exposição à névoa salina por 100 h, a superfície das placas de prova não podem apresentar empolamento, oxidação ou comprometimento do efeito fotoluminescente);
- Resistentes ao intemperismo (após o ensaio de resistência ao intemperismo, as placas de prova não devem apresentar empolamento, oxidação, descoloração ou degradação);
- Fotoluminescência (a sinalização de nível superior e intermediário deve ter 140 mcd/m² nos primeiros 10 minutos de ausência de luz e 20 mcd/m² nos 60 minutos, já as sinalizações de nível inferior, nos primeiros 10 minutos precisam ter 30 mcd/m² e nos 60 minutos, 7 mcd/m²);
- Resistentes ao escorregamento, no caso específico da sinalização aplicada no piso.
Marcação
As placas de sinalização de emergência devem ser identificadas, de forma legível, na face exposta com:
- Identificação do fabricante (nome ou marca registrada ou número do CNPJ);
- Intensidade luminosa, expressa em mcd/m² a 10 min e 60 min após a remoção da fonte de lux;
- Tempo de atenuação, expresso em minutos;
- Cor durante excitação;
- Cor da fotoluminescência.
Essa marcação deve ser impressa diretamente no produto acabado, não sendo aceito qualquer tipo de marcação que possa ser removida do produto final.
As orientações deste artigo são gerais. Mas a NBR 16820 traz indicações bem detalhadas sobre como deve ser realizado o plano de fuga, a rota continuada, a sinalização de agente extintor, a indicação de obstáculos, as mensagens complementares, a sinalização de orientação e salvamento e vários outros detalhes.
Por isso, se você é proprietário de um edifício de uso comum, como lojas, shopping, supermercado, escritórios, clubes etc. ou síndico de um condomínio, é importante conferir a norma completa, adequando sua edificação a essa normativa.
Fonte e credibilidade: https://totallux.com.br/abnt-nbr-16820-conheca-as-principais-recomendacoes/